Orthodontic

Policial militar enfrenta forte enxurrada e resgata mulheres em veículo ilhado

Segunda 16/01/2023 - André Amâncio
Fonte: Patrocínio Online
Feed do PatosAgora

Na tarde de ontem (15), durante a forte chuva seguida de vento registrada em Patrocínio (MG), o jovem Cabo Rodrigo, lotado no 46° BPMG, teve uma atitude heroica.

Mesmo com a forte correnteza na Avenida (Cruzamento da Av. Walter Pereira Nunes com Av. Altino Guimarães, Bairo Morada Nova) inundada, o militar foi em socorro de duas mulheres que estavam ilhadas em um veículo e conseguiu resgatá-las em segurança.

Entramos em contato com o militar, que disse: “Foi uma atitude espontânea e fico feliz em saber que fui útil e pude ajudá-las”. Ele, modestamente, preferiu não gravar entrevista.

O militar foi muito cumprimentado pelos colegas e do Comandante de Turno do plantão.

Na foto abaixo, Cabo Rodrigo com os pais. O pai Braz Feliciano é militar reformado e trabalhou em Patrocínio.  CO militar é de Patos de Minas, mas trabalha em Patrocínio (MG).

Venezuelano fica ferido ao ser agredido na porta de boate no Bairro Alto dos Caiçaras

Segunda 16/01/2023 - André Amâncio
Feed do PatosAgora

Um jovem de 20 anos, de nacionalidade venezuelana, foi agredido por quatro indivíduos, na madrugada do último sábado (14), em uma boate localizada na Avenida Marabá, no Bairro Alto dos Caiçaras, em Patos de Minas (MG).

Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima relatou que estava na boate e queria sair do local, porém foi informado por uma segurança que se saísse não poderia retornar para a boate. 

Neste momento, houve uma discussão entre eles, onde alguns frequentadores empurraram a vítima. O jovem foi colocado para fora pelos seguranças, momento que surgiu quatro indivíduos que agrediram a vítima com socos e chutes, causando um corte na cabeça e ferimentos na face. 

Uma equipe médica compareceu ao local e socorreu o jovem à Santa Casa de Patos de Minas. Ainda segundo a PM, um suspeito foi preso, porém, negou que tivesse agredido a vítima. 
 

Rede Coop Patos de Minas lança campanha para ajudar famílias desabrigadas por causa da chuva

Segunda 16/01/2023 - André Amâncio
Feed do PatosAgora

Devido a quantidade de chuvas em Patos de Minas nas primeiras semanas de janeiro de 2023, o Rio Paranaíba transbordou e inundações geram danos que afetam famílias, deixando quase 100 pessoas desabrigadas ou desalojadas. Como um ato de solidariedade e visando auxiliar as comunidades afetadas neste momento delicado, a Rede Coop Patos de Minas (união das 14 cooperativas) lança a campanha “SOS Mãos que Cuidam” que inicia nesta sexta-feira (13/01).

A ação tem como objetivo arrecadar alimentos não perecíveis, produtos de higiene e limpeza. Todo o material será destinado para ajudar os locais atingidos pela chuva. As entregas dos produtos arrecadados serão entregues para a secretaria de desenvolvimento social.

Reforçando a força do cooperativismo, a Rede Coop Patos de Minas mostra que tem a cooperação como pilar em sua atuação. Seu propósito é conectar pessoas para promover a justiça e a prosperidade ainda mais neste momento de extrema dificuldade – que requer muita solidariedade.

Para colaborar basta levar o produto em uma das cooperativas participantes e ajudar quem mais precisa.

Ações como essa reforça o 7º princípio do cooperativismo, que é a preocupação com a comunidade.

PM intensifica fiscalização de trânsito em Patos de Minas

Sábado 14/01/2023 - André Amâncio
Feed do PatosAgora

Neste fim de semana a Polícia Militar (PM) de Patos de Minas (MG) está realizando operações em toda a cidade. Com a utilização dos alunos do Curso Especial de Formação de Sargentos, foram planejadas operações diversos locais da cidade.

O foco principal são as motocicletas que estão transitando com a descarga livre e praticando direção perigosa em nossa cidade.

Somente na tarde desde sábado (14) foram 10 motocicletas removidas. As operações foram realizadas em razão das reclamações da própria comunidade, que vêm realizando denúncias das irregularidades.

  • Feed do PatosAgora | Patos Agora - A notícia no seu tempo - https://patosagora.net
  • Feed do PatosAgora | Patos Agora - A notícia no seu tempo - https://patosagora.net
  • Feed do PatosAgora | Patos Agora - A notícia no seu tempo - https://patosagora.net

Dengue, zika e chikungunya: conheça os possíveis sintomas de cada uma das doenças

Se apresentar sintomas, paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima para avaliação; profissionais de saúde devem fazer a notificação dos casos

Sábado 14/01/2023 - André Amâncio
Fonte: Agência Minas (Foto: Reprodução/Pixabay)
Feed do PatosAgora

A dengue, chikungunya e zika são doenças sazonais, com tendência de maior concentração de casos entre os meses de janeiro e maio, em todo o estado. As três doenças são transmitidas pelo Aedes aegypti e, embora tenham sintomas parecidos, apresentam algumas características que podem ajudar a diferenciá-las.

A enfermeira e referência técnica da Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses, Suely Dias, explica que a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, geralmente com evolução benigna, mas que pode evoluir para formas graves. “As infecções por dengue podem ser assintomáticas ou apresentar sintomas que envolvem febre (geralmente acima de 38°C, de início abrupto e duração de dois a sete dias), dores de cabeça e musculares, dor nas articulações e atrás dos olhos. Também podem estar presentes vômitos, diarreia e erupções cutâneas vermelhas pelo corpo”, explica.

Já a chikungunya possui fase aguda com duração de cinco a 14 dias, uma fase pós-aguda que pode durar até três meses e pode se tornar crônica se os sintomas persistirem após esse período. Suely detalha que, na fase aguda, há surgimento abrupto de febre alta (maior de 38,5°C), dor forte nas articulações e músculos, dor de cabeça intensa e fadiga.

“As manchas vermelhas da chikungunya surgem do 2º ao 5º dia após início da febre, afetando principalmente tronco, extremidades e face. Na fase pós-aguda e crônica, quando há persistência de sintomas, eles se manifestam principalmente nas articulações, com edema e dor”, afirma.

A infecção pelo Zika vírus pode ser assintomática ou sintomática. A referência técnica explica que geralmente a doença é autolimitada, variando de Dois a sete dias. Pode apresentar febre baixa (menor que 38,5°C) ou ausente, erupções cutâneas vermelhas de início precoce, conjuntivite não purulenta, dor e edema nas articulações, dor de cabeça e aumento dos linfonodos. Deve-se atentar para manifestações neurológicas.

Tratamento

Suely Dias explica que não há tratamento específico nem vacina para as infecções por estes vírus. A recomendação, em caso de sintomas, é para que o paciente procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima para avaliação. Além disso, é importante fazer repouso e cuidar da reposição de líquidos.

No caso de dengue, é extremamente importante que haja reconhecimento precoce dos sinais de alarme e gravidade. Para chikungunya, um profissional deve ser consultado para que sejam recomendados analgésicos e tratamentos não farmacológicos como fisioterapia e exercícios.

Suely também alerta que medicamentos devem ser utilizados somente com prescrição médica e para aliviar os sintomas. “Alguns medicamentos como ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina) e outros anti-inflamatórios não hormonais (ex.: ibuprofeno, nimesulida, diclofenaco etc.), podem aumentar complicações hemorrágicas, principalmente em caso de dengue, por isso não devem ser utilizados”, pontua.

Sequelas

As consequências mais relevantes das arboviroses a longo prazo são a cronificação, nos casos de chikungunya, e a transmissão vertical (ou seja, da mãe para o feto) da zika, podendo levar à síndrome congênita associada à infecção pelo vírus.

Considera-se fase crônica de chikungunya quando os sintomas permanecem por mais de três meses, especialmente as dores musculares e articulares.

Na zika congênita, fetos expostos à infecção pelo vírus durante a gestação, podem ter seu crescimento e desenvolvimento neurocognitivo comprometidos, podendo apresentar sinais clínicos como a microcefalia.

Prevenção e controle

Embora a dengue, zika e chikungunya tenham tendência de maior concentração de casos entre os meses de janeiro e maio, em todo o estado, é preciso reforçar que o vetor das doenças circula durante todo o ano. Por isso, os cuidados em relação ao combate aos focos do mosquito não devem cessar.

Por parte da saúde estadual, as ações permanentes, adotadas para conter o avanço dos casos de dengue em Minas, vão desde a mobilização de parceiros em todo o estado, realização de Força-Tarefa (equipe composta por agentes da Saúde Estadual e da Fundação Nacional de Saúde – Funasa) em municípios com alta incidência de pessoas com dengue e alta infestação do mosquito, campanhas educativas por meio das redes sociais, mobilização da população sobre os cuidados para evitar os focos do Aedes aegypti, até a elaboração dos Planos de Contingência Estadual e Municipais para prevenção e controle das doenças transmitidas pelo mosquito.

Entretanto, a participação da população é de fundamental importância para o controle da doença, sobretudo quando se leva em conta o fato de as residências concentrarem 80% dos focos do mosquito transmissor. Destaca-se que a inspeção na residência, com a remoção de focos com água parada, é algo que não toma muito tempo e deve ser feita rotineiramente. Como exemplo, os vasos de plantas, pneus usados como possíveis criadouros do Aedes e outros objetos e recipientes em geral que possam acumular água.

Cenário em Minas

De 1 a 9/1 de 2023, Minas Gerais registrou 697 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de dengue. Desse total, cem casos foram confirmados para a doença. Não há óbitos por dengue em Minas Gerais, até o momento.

Em relação à chikungunya, foram registrados 232 casos prováveis da doença, dos quais um foi confirmado. Até então, não há nenhum óbito comprovado por chikungunya em Minas Gerais.

Quanto ao vírus zika, foram registrados 63 casos prováveis, sendo 19 confirmados para a doença. Não há mortes por zika até o momento no estado. 

Homem de 60 anos sofre ferimentos graves em capotamento na rodovia MG 410

Sábado 14/01/2023 - André Amâncio
Feed do PatosAgora

Na tarde desta sexta-feira,13 de janeiro de 2023, por volta das 15h40min, uma equipe do Corpo de Bombeiros de João Pinheiro - MG, foi acionada via 193, para realizar o atendimento a uma ocorrência de capotamento na MG 410, no km 46, Presidente Olegário.

No local, encontrava-se um paciente do sexo masculino, consciente, orientado, aproximadamente 60 anos de idade, com TCE importante na região frontal da cabeça e escoriações generalizadas pelo corpo, presa dentro do veículo Hilux.

Munidos de equipamentos de corte hidráulico e com a utilização de técnicas de salvamento terrestre, foi realizado a retirada da vítima e entregue aos cuidados da equipe do Samu (USA 01)de Patos de Minas - MG. O veículo ficou aos cuidados da PRV, também da cidade de Patos de Minas-MG. 

  • Feed do PatosAgora | Patos Agora - A notícia no seu tempo - https://patosagora.net
  • Feed do PatosAgora | Patos Agora - A notícia no seu tempo - https://patosagora.net
  • Feed do PatosAgora | Patos Agora - A notícia no seu tempo - https://patosagora.net

Segurança de boate em Guarda dos Ferreiros morre ao ser esfaqueado por frequentador

Sábado 14/01/2023 - André Amâncio
Feed do PatosAgora

Um segurança de uma boate do distrito de Guarda dos Ferreiros, no município de São Gotardo (MG) morreu após ser esfaqueado no pescoço por um dos frequentadores do local. Até o momento, o autor do homicídio não foi localizado.

Segundo a Polícia Militar (PM), o crime aconteceu na madrugada deste sábado. No local havia uma briga generalizada no lado externo e, após controlar o tumulto, a guarnição constatou que a vítima  Luiz Claudio José Martins se tratava de um dos seguranças do estabelecimento.

O homicídio se deu após a vítima retirar um indivíduo que causava tumulto no interior da boate, por três vezes. Após a terceira vez, o autor, de 30 anos, entrou mais uma vez na boate, pela porta dos fundos e esfaqueou o segurança no pescoço e evadiu tomando rumo ignorado em seguida.

O segurança chegou a ser levado ao Pronto Socorro Municipal, porém já entrou no local sem os sinais vitais. Diligências continuam com o intuito de localizar o autor.

5º Pelotão da Polícia Militar cria o Sistema de videomonitoramento Olho Vivo Cidadão

Sexta 13/01/2023 - André Amâncio
Fonte: PO Hoje
Feed do PatosAgora

A cidade de Presidente Olegário conta agora com o sistema de videomonitoramento da Polícia Militar (PM), o Olho Vivo Cidadão. O programa de segurança pública já está funcionando no 5º Pelotão PM em parceria com a Prefeitura Municipal.

O sistema Olho Vivo Cidadão foi idealizado já no comando do tenente Lucas José de Almeida. O oficial assumiu o Pelotão em julho de 2022. Cinquenta câmeras já estão em funcionamento.

Segundo o comandante do Pelotão, Tenente Almeida, o objetivo do projeto é acessar as imagens das câmeras de segurança já instaladas em residências e pontos comerciais da cidade, a fim de utilizar a tecnologia a favor da segurança pública. O projeto não acarreta custos para o cidadão ou comerciante, os quais somente irão ceder as imagens, e atualmente, conta com mais de 50 câmeras na região central e vias de acesso à cidade.

Neste sentido, conforme o oficial: “o investimento para a instalação de todo o aparato tecnológico na transferência destas filmagens foi custeado pela própria PMMG”.

A Prefeitura Municipal apoiou a medida fornecendo um funcionário civil, o qual foi devidamente treinado para monitorar, em tempo real, 20 câmeras simultaneamente, as quais estão conectadas a um sistema central onde todas as imagens ficam armazenadas.

Também conforme o Tenente Almeida: “o principal objetivo do ‘Olho Vivo Cidadão’ é proporcionar à comunidade Olegarense uma ferramenta efetiva na prevenção de delitos e identificação de indivíduos em atitude suspeita, além disso, responder imediatamente aos crimes que eventualmente ocorram nos locais acessados pelas filmagens”.

Idoso que ficou cego após cirurgia deverá receber R$ 100 mil

Decisão é da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Sexta 13/01/2023 - André Amâncio
Fonte: TJMG
Feed do PatosAgora

Um oftalmologista foi condenado a indenizar um idoso em R$ 100 mil, por danos morais, após paciente alegar que ficou cego após cirurgia. A decisão é da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e confirma a sentença da Comarca de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro.

Na ação, o paciente relatou que possuía pressão ocular e diagnóstico de glaucoma neovascular no olho esquerdo, tendo como indicação, feita pelo próprio oftalmologista, procedimento para correção. O profissional, no entanto, teria realizado a intervenção no olho em que o idoso enxergava, o direito, o que o levou à cegueira. Desta forma, ajuizou o processo afirmando a ocorrência de erro médico. 

Em contestação, o especialista defende que a culpa foi do paciente que, de acordo com o médico, tentou induzir funcionários do hospital ao erro, “afirmando à enfermeira que seria submetido à cirurgia no olho direito, com clara intenção de obter futura indenização, pois já tinha a visão altamente comprometida também neste olho”.

Diante do cenário, e pelo fato de a cegueira ser de caráter irreversível e permanente, sem chance de recuperação da visão, o relator do processo, desembargador Luiz Carlos Gomes da Mata, considerou procedente a quantia arbitrada na sentença, de R$100 mil, assim como o pedido de dano material, de R$ 6.500.

Os desembargadores José de Carvalho Barbosa e Newton Teixeira Carvalho votaram de acordo com o relator.

Vacina contra o HPV: meninos e meninas de 9 a 14 anos devem ser imunizados

Menos da metade dos adolescentes tomaram as duas doses, alerta Secretário de Saúde; imunizante previne câncer

Sexta 13/01/2023 - André Amâncio
Fonte: Agência Minas (foto: Dirceu Aurélio/Imprensa MG)
Feed do PatosAgora

A última quarta-feira foi um dia para cuidar da saúde do pequeno Heitor, de 10 anos. Levado pela sua mãe, a professora Luciana de Fátima Silva Campos, de 38 anos, ele recebeu a primeira dose da vacina contra HPV em um posto da cidade de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O imunizante, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos e meninas de 9 a 14 anos, é aplicado mesmo antes da adolescência porque é mais favorável que a vacinação seja feita antes do início da vida sexual. 

A vacina protege contra o Papilomavírus Humano (HPV) e é considerada uma estratégia de prevenção e redução de doenças ocasionadas pelo vírus, como cânceres do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis, boca e garganta, além de verrugas genitais. 

“Todas as vacinas são importantes, e a contra HPV não é diferente. Se o Ministério da Saúde fornece, não tem por que não trazer nossos filhos para serem imunizados, pela saúde deles, para prevenir várias doenças”, conta Luciana. “Vacinam salvam vidas” comemorou Heitor, apesar de ter sentido um pouco de dor com a injeção. 

Recomendação

A recomendação atual do Ministério da Saúde é a de que todos os meninos de 9 a 14 anos de idade devem receber a vacina contra HPV. Anteriormente, o Programa Nacional de Imunização (PNI) estabelecia a proteção para meninos de 11 a 14 anos, enquanto para as meninas já era determinado que a vacinação ocorresse de 9 a 14 anos. 

“A ampliação da faixa etária para o sexo masculino dá continuidade à oferta gradativa desse imunobiológico, já proposta em 2014, igualando a recomendação já em curso para as meninas na faixa etária de 9 a 14 anos”, explica a coordenadora estadual do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Josianne Gusmão, em referência à mudança que passou a valer em setembro de 2022, e que se deve à disponibilidade do insumo e às evidências do impacto positivo dessa vacinação para a saúde das crianças e dos adolescentes.

Em Minas Gerais, A cobertura acumulada em crianças e adolescentes, do sexo feminino, na faixa de 09 a 14 anos, entre 2014 e 2020 é de 66,12%. Entre os meninos na faixa de 11 a 14 anos, entre 2017 e 2020, a cobertura alcançou 54,27%. Em números absolutos, são 4.075.582 crianças e adolescentes imunizadas com a primeira dose e 2.385.537 que recebam a segunda dose. 

Os dados acendem um alerta, já que a cobertura vacinal contra HPV está abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de 80% nos grupos elegíveis. O secretário de Estado de Saúde, o médico Fabio Baccheretti, destaca a importância da vacinação para evitar doenças infecto contagiosas. “Essa é a idade certa para que se proteja por toda a sua vida. Temos vacinas sobrando nos postos porque menos da metade dos adolescentes tomaram duas doses. Vamos garantir mais uma proteção para a saúde das nossas crianças e adolescentes”, alerta o secretário.

Alerta e tabu

Um dos motivos para a baixa cobertura é o tabu que a vacina pode trazer por se tratar de uma imunização que protege contra uma possível Infecção Sexualmente Transmissível (IST). “A vacina induz à proteção, não induz à atividade sexual. É importante que se a vacina antes de iniciar a fase de atividade sexual justamente para diminuir a circulação dessas doenças, assim como se vacina contra a gripe antes do inverno. E os pais devem também somar à imunização orientações das demais medidas de prevenção de transmissão de ISTs”, esclarece Jandira Campos Lemos, presidente da Regional Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm-MG). “É uma vacina que tem sua eficácia comprovada, que protege contra os tipos mais prevalentes de HPV e que podem evoluir para doenças como câncer de colo de útero, câncer de pênis, câncer de ânus e câncer de boca”, alertou. 

Ainda segundo ela, é fundamental ressaltar a importância da vacina e intensificar o trabalho para incentivar a prevenção. “As crianças não vão vacinar por conta própria. Por isso é tão importante a conscientização dos pais e levar as informações para as escolas também”, disse.

Cartão de vacina em dia

Ela lembra também que os pais podem aproveitar cada ida aos postos de saúde para verificar a situação do cartão de vacina dos filhos, junto à equipe responsável pela imunização, e assim deixar a proteção das crianças em dia.

Foi o que fez a professora Luciana Campos, mãe do Heitor. Ela aproveitou a chegada à Unidade Básica de Saúde para vacinar o filho contra HPV para também imunizar a filha mais nova, Heloísa, de 6 anos, com a segunda dose contra covid-19. Também conferiu junto às enfermeiras a situação do cartão de vacinação dos filhos. “Geralmente deixo as vacinas deles em dia, e o que estiver faltando eu reforço”, contou.  

O Governo de Minas tem realizado diversos esforços para ampliar as coberturas vacinais em todo o estado, por meio da SES-MG. Para isso, são realizadas ações permanentes de busca ativa, campanhas de mobilização social, incentivo aos municípios para ações extramuros e orientações, junto aos profissionais de saúde, reforçando a importância e incentivo à vacinação. 

Esquema vacinal

O esquema da vacina HPV compreende duas doses, com intervalo de seis meses. A criança pode receber a segunda dose mesmo após completar 15 anos, mas é essencial que tenha tomado a primeira até 14 anos, 11 meses e 29 dias. O imunizante é utilizado por mais de 100 países e foi incorporado de forma escalonada ao SUS a partir de 2014.

Além de crianças de 9 a 14 anos, também devem ser vacinados os grupos com condições clínicas especiais: pessoas de 9 a 45 anos de idade vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, e pacientes oncológicos. Nestes casos, devem ser administradas três doses da vacina, com intervalo de 2 meses entre a primeira e segunda dose, e 6 meses entre a primeira e terceira dose. Para a vacinação destes grupos, é necessário haver prescrição médica.

HPV

É estimado que o Brasil tenha de 9 a 10 milhões de infectados pelo Papiloma Vírus Humano e que, a cada ano, 700 mil casos novos da infecção surjam. Trata-se de um vírus que atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões precursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus.

Atualmente, existem mais de 200 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. A doença é conhecida como condiloma acuminado ou, popularmente, como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista.

A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem, é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.

A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do vírus, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.